Uma única célula solar gera uma tensão muito baixa, cerca de 0,5V, portanto para que um sistema apresente características de uso prático é necessário que várias delas sejam associadas. Além disso, células solares são objetos muito frágeis e serão aplicadas em ambientes expostos a intempéries naturais, então precisamos montar um arranjo que garanta resistência mecânica e isolação elétrica a elas. A esse arranjo damos o nome de módulo fotovoltaico.
Para que seja garantida uma resistência mecânica às células precisamos de um material rígido sobre elas, esse material precisa ser resistente, mas também apresentar uma alta transparência a luz solar, uma vez que queremos que o máximo possível dela chegue até as células solares. O material mais largamente utilizado é o vidro de alta transparência, com baixo teor de ferro.
Entre o vidro e as células é colocada uma camada de um plástico transparente flexível (EVA), que garante que com a variação de temperatura, as células possam se dilatar sem que existam tensões mecânicas elevadas, o que as quebrariam.
Na parte inferior é colocado uma camada de um plástico branco e opaco, que garante uma isolação do ambiente, evitando que água entre em contato com as células, fornecendo uma isolação elétrica ótima ao módulo.
Ao redor desse módulo é montado uma moldura, geralmente de alumínio, que garante uma maior resistência mecânica e fornece pontos de fixação do módulo em sua aplicação final.
Os módulos são caracterizados pela sua potência máxima (Wp) e por sua tensão de circuito aberto (Voc). A potência máxima é medida utilizando-se uma fonte de luz padronizada de 1000W/m² a uma temperatura de 25°C e a tensão de circuito aberto é dada de acordo com o número de células solares conectadas em série dentro do módulo, em geral para um painel em um sistema de 12V são conectadas cerca de 36 células.
Universo Solar 